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Os benefícios de laudos de ECG de urgência em Pronto Socorro e em Postos de Saúde (UPA)

6 de maio de 2014
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As doenças do aparelho cardiovascular representam a primeira causa de morte em todo o mundo ocidental, e entre estas, podemos dar o devido destaque às síndromes coronarianas agudas (SCA), que são representadas pelo infarto agudo do miocárdio (IAM) e a angina instável (AI), como as condições de prevalência nas quais as intervenções realizadas precocemente definem diretamente o seu prognóstico.

O número de pacientes admitidos com a dor torácica está estimado em 1,7 milhões. Destes, saiba que somente 30% apresentam de fato SCA, o que pode indicar um gasto desnecessário no valor de 5 bilhões de dólares. Em nosso país, de acordo com as informações do DATASUS de 1999, ocorrem uma média de 500 mil casos de IAM por ano com uma média estipulada de 56 mil óbitos.

O diagnóstico tem sido um desafio representado pelas SCA e vem ganhando o suporte da eletrocardiografia a partir das pesquisas e os estudos do Dr. Pardee há mais de oito décadas, que tem um papel primordial pelo seu papel na avaliação inicial do infarto agudo do miocárdio e, mais cedo, como o item indispensável à triagem dos pacientes admitidos nas unidades de dor torácica.

O progresso desencadeado pela melhoria dos procedimentos de cardioimagem, que englobam ecocardiograma, ressonância nuclear magnética, tomografia computadorizada e cintilografia e de marcadores novos de necrose, como troponinas e CK massa, além da inflamação (proteína C reativa titulada) miocárdica ainda é um desafio, por causa de seu alto custo e a falta dos recursos técnicos e pessoal especializado fora das grandes cidades. As informações do estudo GUSTO II apontam que 40% dos centros envolvidos não tinham os recursos para a correta avaliação dos marcadores de necrose miocárdica.

A interpretação necessita dos dados obtidos com o eletrocadiograma (ECG) na avaliação das síndromes isquêmicas agudas, essencial para a manutenção da precisão do diagnóstico. O médico emergencista e o seu envolvimento com a apresentação clínica do paciente pode atuar como um item de dispersão, em que as mudanças inespecíficas podem ser muito valorizadas em pessoas com alta incidência de DAC e patognomônicos podem não ser relevantes nas apresentações fora do comum.

O impacto destes dados no resultado da avaliação do paciente com SCA, incentivou a criação dos comitês analisadores de ECG por uma iniciativa de alguns centros de referência, com o objetivo de revisar a qualidade do laudo do ECG de admissão do indivíduo, de uma maneira totalmente imparcial.

Saiba que o maior papel do ECG nas emergências cardiológicas, especialmente nas unidades de dor torácica, não fica apenas na avaliação dos pacientes com SCA. O acometimento miopericárdico agudo causa mudanças na repolarização atrial e ventricular, o que em grande parte dos casos simula o IAM uma vez que a sua apresentação clínica geralmente compreende a dor torácica e supradesnível do segmento ST.

Para resumir, o ECG é ferramenta fundamental diagnóstica na sala de emergência, já que serve como um método de triagem dos pacientes que sofrem com a dor no peito e pode de fato ajudar muitos pacientes no mundo todo.

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