Marketing Pessoal: Atendimento de excelência na Área Médica – Por Dr.Carlos E.C.Camargo
Os pacientes até podem procurar um médico para um problema de saúde, mas se o atendimento for ruim, não há remédio que os faça voltar
Na área médica, o bom atendimento é aquele que junta o que há de melhor dos conhecimentos científicos e tecnológicos com a tradição humanista e cautelosa da medicina tradicional. Ou seja, não basta a cura, é preciso saber se relacionar com o paciente.
A prática da medicina sempre foi orientada por parâmetros de proximidade entre médico e paciente. A anamnese completa, pautada em conversa tranquila e de atenção na coleta dos dados do paciente sempre foi a melhor e mais eficiente forma de se chegar ao diagnóstico. Conhecer profundamente a vida e os hábitos do paciente somam detalhes para melhor atingir a orientação de um diagnóstico correto e seguro. Para isto, o médico precisa de tempo para avaliar cada paciente, tempo para conversar e para conhecer todos os males físicos e psicológicos de seu paciente, tempo hoje cada vez mais raro diante dos distúrbios entre órgãos reguladores governamentais e empresas de planos de saúde, que podem prejudicar o relacionamento entre médico e paciente.
Além disso, o bom médico é aquele que tem uma mente aberta para os novos conhecimentos científicos e antigas práticas da medicina tradional ocidental e de outras técnicas milenares de cura, afirma o especialista em Psiquiatria pela Unifesp e mestre em Psicologia Social formado pela PUC, Sérgio Lima. “Sigmund Freud descreveu que todo paciente que busca o tratamento tem desejos ambivalentes dentro de si quanto a este resultado e desenvolve com o médico uma relação transferencial de suposto saber. Perceber tudo isso que está implícito na relação médico-paciente tornará o médico mais complacente e com maior capacidade de ser assertivo nos objetivos do tratamento.”, afirma o Lima.
Para superar questões burocráticas, o uso da tecnologia na otimização do atendimento médico vem se destacando cada vez mais, sendo usada há anos em países como Estados Unidos, Suíça, Itália, China, Índia e outros. Nos EUA, segunda a ATA American Telemedicine Association, o uso de tais tecnologias reduziram significantemente os custos da área da saúde. Por meio de sistemas com vídeo conferência e equipamentos de monitorização, pacientes tem acesso a médicos 24 horas para esclarecimento de dúvidas e até mesmo para situações de emergência, facilitando o socorro médico. “No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 42% das cidades têm até dez mil habitantes e 70% têm até vinte mil habitantes, e em sua maioria não possuem estrutura médica de ponta e muita nem tem médicos. Nesses casos, o uso da tecnologia no atendimento médico pode ampliar o acesso dessas pessoas a especialistas, melhorando os serviços de saúde e reduzindo custos de deslocamento”, afirma o cardiologista, membro das Sociedades Paulista e Brasileira de Cardiologia (SOCESP e SBC) e presidente da Brasil Telemedicina, Carlos Eduardo Cassiani Camargo.
Além do uso da tecnologia para otimizar o atendimento médico, o profissional deve se lembrar dos requisitos humanos envolvidos na qualidade do serviço prestado e da relação com o paciente. “O médico deve ter sempre um grande comprometimento com o paciente no ponto de vista de paciência, respeito, resignação, confiança e o principal, amar a medicina, a tarefa contínua e constante de ser a maior solução para a dor do ser humano seja física ou espiritual.”, conclui Camargo.
Estreitar o relacionamento com o paciente e prestar um atendimento de excelência é um processo que evolui com a dedicação e experiência do médico, bem como de sua equipe de trabalho, pois o atendimento começa desde o momento em que o cliente liga para marcar uma consulta. Estar comprometido com o paciente desde o primeiro momento mostra a importância que ele tem para o médico e, mais do que demonstrar a qualidade do atendimento, revela a verdadeira excelência da medicina: o cuidado com o próximo.
Fonte: http://universomedico.com.br/Gestao-carreira