Confira nossa apresentação sobre as inovações da telemedicina no congresso virtual da VerboMed
Assista o vídeo da palestra e entenda por que a telemedicina é uma solução importante para promover uma saúde acessível, de qualidade e imediata
De 27 a 30 de outubro aconteceu o ‘Congresso médico – O futuro da medicina’, realizado pelo Grupo Verbo. Com acesso 100% gratuito aos inscritos, o evento foi idealizado para apresentar as novas perspectivas da telemedicina, como sua evolução, a criação de tecnologias inovadoras e de que forma este cenário impacta a vida de médicos e pacientes.
Dr. Carlos Camargo, médico cardiologista e CEO da Brasil Telemedicina, foi um dos palestrantes na ocasião, trazendo o tema ‘O novo modelo de atendimento: Telemedicina’. Na transmissão ao vivo, foi possível abordar o fenômeno da teleconsulta e como as inovações da telemedicina estão acontecendo, especialmente neste ano de pandemia.
Confira abaixo o vídeo de nossa apresentação na íntegra e entenda como a internet é capaz de promover a aproximação de pessoas a especialistas em saúde a qualquer momento.
O bate-papo foi iniciado apresentando as diferenças entre invenção e inovação, seguido da diferenciação entre telessaúde e telemedicina, que são bastante confundidas. A primeira significa a atuação de profissionais de saúde, das mais diversas áreas, à distância por meio da tecnologia, seja na pesquisa, diagnóstico ou assistência de um paciente. Como exemplo, trazemos o Psicologia24hs, que promove psicoterapia online.
Já a telemedicina é um braço da telessaúde, ligado especialmente à teleconsulta, ou seja, a realização de uma consulta médica online por videoconferência ou chat, em plataformas virtuais como o Médico24hs. Há, ainda, o telelaudo, responsável pela realização de laudos médicos de forma remota, como o Laudo24hs. E há também o telemonitoramento, que promove o acompanhamento integral e online de pacientes de todo o país, como o Monitora Saúde. Além disso, a telemedicina é bastante utilizada para ampliar a pesquisa na área da saúde, sendo uma grande contribuição científica.
“Quando falamos em telessaúde, telemedicina ou uma inovação na saúde, precisamos levar em consideração aspectos históricos, tecnológicos, pessoais e populacionais. É necessário lembrar que, apesar da telemedicina ter uma grande oportunidade de crescimento nesse momento da pandemia, ela se iniciou em 1910 com um estetoscópio via rádio. Assim, na Inglaterra, era possível escutar um coração de uma pessoa via ondas de rádio.
Na 2ª guerra, houveram muitos atendimentos médicos via telefone, com médicos que remotamente prestavam ajuda aos colegas que estavam na linha de frente. No Apolo 11, foram usados vários equipamentos para acompanhar a saúde dos astronautas. Em 1989, surgiu a internet, que trouxe enorme facilidade às pessoas poderem pesquisar sobre sintomas e doenças.
Aqui, eu faço uma pausa para explicar algo importante. Imagine que médicos graduados há 35 ou 40 anos se formaram em uma época que não existia computador ou celular. Portanto, em uma formação feita completamente para o atendimento presencial. Com o surgimento da internet, os pacientes passaram a ter a oportunidade de consultar suas patologias diretamente com o ‘Dr. Google’ e a ir às consultas já com uma opinião pré-formada, passando a pressionar os profissionais de saúde a estarem ainda mais informados em suas capacitações”, conta Dr. Carlos Camargo a respeito do histórico da telemedicina.
De acordo com o especialista, acredita-se que de 2020 a 2025 haverá um investimento de até 34 bilhões de dólares na área de telemedicina, consultas e monitorização de pacientes à distância. Ele alerta, ainda, sobre as mudanças de hábitos que isso gera e a necessidade dos profissionais se adaptarem às inovações, que acontecem cada vez com mais velocidade.
“Quando falo em inovação médica, na área da saúde, dou exemplo do prontuário médico digital, que surgiu na década de 90. Ainda hoje, temos médicos que não aceitam e não querem utilizá-lo. Ou seja, não conseguiram se adaptar à uma inovação. Isso também aconteceu atualmente com o receituário digital, mesmo com uma nova lei e durante um momento que está gerando a necessidade desse documento virtual. É importante estarmos atentos como profissionais na necessidade de adaptação”, comenta o cardiologista.
A seguir, ele apresentou um panorama das doenças crônicas não transmissíveis, que são responsáveis por 72% dos óbitos no país, sendo que menos de 50% das pessoas fazem o tratamento adequado. Isso significa a urgência que temos no Brasil de ações que promovam prevenção primária e um sistema de saúde mais eficiente.
Na sequência, foram demonstrados dados da distribuição geográfica dos médicos no país, que é extremamente irregular. O Brasil tem 5570 municípios e 460 mil médicos formados, sendo que 60% estão locados em 39 cidades com mais de 500 mil habitantes (276 mil médicos). Desse modo, 40% dos médicos estão distribuídos de forma desigual no país e mais de 2 mil cidades não tem médicos. O uso da saúde através da tecnologia (telemedicina) é uma solução para esse cenário.
“Uma outra solução são as farmácias, e estou trabalhando bastante nesse produto. Nós temos no Brasil hoje 87794 farmácias, ou seja, 1 para casa 3mil habitantes, sendo que o recomendado pela OMS seria 1 para cada 6 mil habitantes. A distribuição das farmácias é mais homogênea no território nacional do que a distribuição dos médicos. Então, poderíamos utilizar as farmácias como um novo ponto de saúde, para atendimento médico através da tecnologia das plataformas digitais, com assistência médica e triagem especialmente para onde não há médicos.
Nós precisamos da telessaúde! O Brasil é um país de extensão continental, muito grande, com a distribuição da população médica irregular, falta de políticas públicas eficientes na saúde (vacinação, prevenção, monitoramento de pacientes crônicos) e aumento da longevidade”, pontua Dr. Carlos Camargo.
Mais adiante, foram apresentados ainda os hábitos alarmantes do brasileiro quanto à automedicação, assim como os fatores facilitadores e limitadores da inovação e a redução de custos com a telemedicina – com exemplos reais dos Estados Unidos e do Reino Unido.
“Com essas experiências, poderia ser conquistada uma economia de cerca de 10 bilhões em 2019 no Brasil, por meio da telemedicina. A saúde virtual gera uma amplitude de oportunidades. Está acontecendo uma mudança muito grande de hábitos na vida das pessoas em virtude da pandemia, que nos trouxe a necessidade de termos uma solução como a telessaúde, que nos coloca diante de especialistas com segurança e de forma ágil. Assim, podemos resolver nossas queixas à distância, precisando sair menos de casa e nos aproximamos de um melhor atendimento à saúde”, conclui o médico.
Confira no vídeo postado no início do artigo o conteúdo completo da apresentação e entenda mais sobre os benefícios gerados pela tecnologia à saúde. Conheça também mais sobre o trabalho da Brasil Telemedicina em nosso site.
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Agradecemos o convite do Grupo Verbo para a participação neste importante encontro e nos colocamos à disposição.