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Procedimentos cirúrgicos odontológicos a prevenção na redução de riscos

28 de agosto de 2015
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As emergências médicas durante procedimentos em consultórios odontológicos não são frequentes, porém existem e merecem a devida atenção, não só dos profissionais dentistas, mas dos pacientes que, muitas vezes, não dão a devida importância aos procedimentos clínicos odontológicos.
Uma pesquisa recente do Centro Internacional Odontológico Brasileiro (Ciob) ouviu 738 pacientes entre 20 e 81 anos e revelou que 63% dos pacientes omitiram informações sobre doenças previa mente existentes ao responderem a anamnese (entrevista inicial de médicos e profissionais da saúde para a continuidade de um diagnóstico) para seu dentista, e que para 68% tais informações eram desnecessárias. Para 32% as informações foram esquecidas. Entre as ocorrências mais comuns diagnosticadas em clínicas odontológicas estão as síncopes, taquicardias, hipertensão arterial, reações alérgicas ao anestésico local, hipoglicemias e convulsão.
De outro lado, do Dr. Waldir Jorge, especialista, mestre e doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, e diretor e professor da Universidade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP), publicado em 2013, relata que 4,para lidar com essas situações o cirurgião dentista deve estar preparado para reconhecê-las e tratá–las”, e enfatiza: “será que os cirurgiões dentistas estão preparados para enfrentar tais ocorrências?”.
Com o aumento da expectativa de vida dos pacientes, o uso de drogas potentes sugere maiores possibilidades de o dentista enfrentar uma emergência médica. Em seu estudo com cirurgiões-dentistas realizado em Santa Catarina, o Dr. Davi Rumei constatou que 76,9% dos profissionais entrevistados sentem-se despreparados diante de uma emergência médica em seus consultórios, independentemente de trabalhar no serviço público ou clínica privada.
Analisando relatórios nacionais do IBGE observamos projeções com constante acréscimo na expectativa de vida dos brasileiros. Teremos anualmente aumento de idosos realizando procedimentos dentários e consequentemente podemos concluir que estes episódios de emergência também crescerão, pois idosos apresentam mais comumente doenças crônicas. Poderemos chegar em 2060 com 26,7% de idosos contra 7,4% no censo de 2012, cerca de 3,6 vezes mais idosos do que atualmente.
Aos cirurgiões dentistas, além de manter-se atualizados quanto aos procedimentos de emergência, somam-se recursos tecnológicos de última geração como a monitorização cardiológica em tempo real e à distância, para que possam auxiliar no atendimento destes pacientes, tanto para diagnóstico preventivo, quanto para o acompanhamento de procedimentos cirúrgicos, garantindo que o atendimento odontológico não se torne um pesadelo no exercício da profissão. Avaliar o estado geral de saúde do paciente e adoção de medidas preventivas com certeza aumentará a segurança em todos os atendimentos.
Não podemos esquecer que cirurgiões dentistas e médicos seguem regulados por código de ética, novo código civil c ainda pelo código de defesa ao consumidor e sujeitos as suas penalidades. O trabalho conjunto de médicos c cirurgiões dentistas, hoje possível através de novas tecnologias permitirão vencer distâncias, trocar informações, opiniões e decisões mesmo estando à milhares de quilômetros.

Dr. Carlos Eduardo Cassiani Camargo, é especialista em cardiologia, membro das Sociedades Paulista e Brasileira de Cardiologia (SOCESP e SBC) e presidente da Brasil Telemedicina, empresa especializada em interação

Fontes:

JORNAL DE HOJE – OPINIÃO – Nova Iguaçu – RJ – 28/08/2015 – 04

JORNAL DO TOCANTINS – OPINIÃO – Palmas – TO – 28/08/2015 – 04

O ESTADO DO MARANHÃO – OPINIÃO – São Luís – MA – 28/08/2015 – 04

PORTAL FATOR BRASIL – 27/08/2015

 

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