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Utilização da telemedicina cresce em grandes proporções na América Latina

2 de julho de 2021
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Confira mais sobre a aceleração que a saúde digital está passando nos países latino-americanos, seguindo uma tendência mundial, e quais são os principais desafios.

A atual pandemia acelerou em larga escala o uso e a importância da telessaúde em todo o mundo. Nos países desenvolvidos, como Estados Unidos e Europa, que já faziam uso da telemedicina, as medidas de permanência em casa e as mudanças nas regulamentações governamentais resultaram em um aumento de mais de 100 vezes na demanda em semanas – de acordo com dados levantados pela McKinsey. A empresa afirma que a recuperação mundial será digital, sendo o ambiente virtual o novo normal, realidade que surgiu com a Covid-19.

Sendo assim, é notável que o mercado global de telemedicina está cada vez mais ganhando impulso. O último relatório da Fortune Business Insights afirma que o tamanho do mercado de saúde digital era de US $ 41,63 bilhões em 2019, teve crescimento de cerca de US$ 79,79 bilhões em 2020 e, em 2027, projeta-se que chegue a valer US$ 396,76 bilhões.

Os países da América Latina foram intensamente afetados durante a pandemia, com altas taxas associadas a doença e morte pelo Coronavírus. É possível identificar inúmeras tendências positivas na adoção de telessaúde em toda a região para suporte à população. Entretanto, também há diversas barreiras que limitaram a evolução da telemedicina na América Latina durante a fase atual da pandemia. Esses fatores limitantes incluem inadequações na conectividade em algumas regiões, dificuldade com utilização de recursos digitais por profissionais de saúde e, muito especialmente, o baixo compromisso político, com falhas na legislação e na regulamentação do setor.

Mas a previsão para o crescimento da saúde virtual é positiva: de acordo com o Global Summit 2020, o mercado de telemedicina na América Latina deve dobrar até 2023, com uma projeção de crescimento de US$ 3,5 bilhões.

Acreditamos que as oportunidades para disponibilizar as tecnologias de forma ágil em toda a América Latina são uma emergência, que trazem diversos benefícios, tais como reduzir ou controlar os custos de saúde, fornecer acesso à médicos para mais pessoas e em uma velocidade ultrarrápida.

Leia mais: Telemedicina não para de avançar nos Estados Unidos

Mais sobre o elevado crescimento da telemedicina na região

Antes da Covid-19, a utilização da telemedicina na América Latina possuía indicies baixos em relação a continentes como a América do Norte. Os Estados Unidos, por exemplo, dominam hoje esse mercado mundialmente – com previsão de crescimento de US$ 64,1 bilhões até 2025, segundo e estudo realizado pela Global Market Insights. Especificamente no Brasil, vários fatores devem ser levados em consideração para essa baixa adoção, como a falta de marcos regulatórios e legais. No entanto, a pandemia veio e mudou esse cenário do dia para a noite, mesmo que ainda provisoriamente.

De março a agosto de 2020, a Covid-19 se espalhou rapidamente pela América Latina e no Caribe. O Brasil e o México foram particularmente muito afetados, com mais de 6 milhões de casos entre esses dois países nesse período. Assim como no resto do mundo, esforços têm sido feitos para limitar a propagação e as consequências da pandemia em toda a região, incluindo o uso generalizado de medidas para ficar em casa e quarentena.

De acordo com levantamento da Statistica, em 2025, o valor previsto do mercado de telemedicina na América Latina é estimado em  US$ 3,48 bilhões, um aumento de 120% em relação aos US$ 1,57 bilhões de 2020. À medida que mais serviços e produtos se tornam online, a telemedicina demonstra ser uma tendência crescente junto com as taxas de penetração da internet.

Uma publicação da Telehealth Medicine Today trouxe inúmeros dados relevantes para entendermos como anda o crescimento da telemedicina na América Latina atualmente:

Inovação acelerada

O controle do Coravírus acelerou a inovação tecnológica e impulsionou mudanças nas políticas relacionadas à telessaúde na América Latina. O segmento de telemonitoramento representou 25% do market share de telemedicina da América. Além disso, o segmento de call centers representou 40% .

Conectividade da população

A conectividade digital confiável é um requisito para a expansão da telessaúde. Aproximadamente 60,8% das pessoas na região usam ativamente a internet. Embora o uso da internet seja alto, os recursos de telecomunicações de evolução de longo prazo (LTE) para comunicação de banda larga sem fio para dispositivos móveis não são uniformes em toda a América Latina, o que representa um desafio para a escalabilidade da telessaúde.

Dificuldades com regulamentação

A legislação e a regulamentação têm a capacidade de promover ou impedir significativamente os serviços de telemedicina. O compromisso político é a chave para realizar todo o potencial da telessaúde por meio da implementação sustentável, apropriada e integrada de iniciativas assertivas.

Em 31 de janeiro de 2020, por exemplo, o Congresso da Colômbia promulgou a Lei 2015, que criou um sistema de registros médicos eletrônicos interoperável que concede aos profissionais médicos acesso online a dados clínicos relevantes. Sob a nova lei, os planos de saúde são obrigados a preencher e gerenciar dados médicos, documentos e registros em uma plataforma estabelecida pelo governo. A lei atribui ao Ministério da Saúde e Proteção Social (MHSP) a definição e implementação dos mecanismos e requisitos para a interoperabilidade dos prontuários. A lei estipula que a implantação dessa plataforma deve ser concluída em todo o país até 2025.

Leia mais: Telemedicina é liberada para apoio ao combate do Coronavírus

Em resposta à pandemia (conforme link acima), o Ministério da Saúde do Brasil autorizou temporariamente a telemedicina por meio da Portaria nº 467, de 23 de março de 2020. A Portaria prevê a possibilidade de telemedicina no sistema de saúde público e privado durante a pandemia de Coronavírus no Brasil. Nos termos da Portaria nº 467, as consultas médicas devem ser feitas diretamente entre o profissional de saúde e o paciente, por meio de um sistema online que garanta a integridade, segurança e sigilo das informações do paciente, como é o caso do Médico24hs, a plataforma de teleconsultas da Brasil Telemedicina. As prescrições eletrônicas também são permitidas temporariamente, desde que as certificações digitais e as chaves sejam emitidas pela organização de assinatura eletrônica aprovada pelo governo.

Em Porto Rico, a governadora Wanda Vázquez Garced assinou a Resolução Conjunta 491 em 20 de março de 2020, que torna as leis de telessaúde do território mais flexíveis ao facilitar os requisitos para profissionais médicos realizarem sessões de telessaúde durante a pandemia.

Internacionalmente, tem havido pedidos de legislação que facilitem os serviços de telemedicina entre as nações, a fim de combater a pandemia. A comunidade global de saúde está se voltando para tecnologias digitais, dados e interações saúde virtual transfronteiriças para compartilhar evidências e experiências para detectar, prevenir, responder e se recuperar do Covid-19. Isso requer uma estrutura digital sólida para oferecer suporte ao fluxo livre de dados, proteger a privacidade e a segurança e, em geral, fornecer um ambiente confiável para trocas digitais.

Reembolsos para usuários

As seguradoras de saúde na América Latina tiveram que lidar com políticas ambíguas e irregulares de telemedicina e estruturas legais de saúde eletrônica ao longo dos anos. Em novembro de 2020, Chile, Colômbia, Costa Rica, Peru e Uruguai definiram claramente a jurisdição médica, responsabilidade ou reembolso de serviços de telessaúde, enquanto Argentina, Guatemala, México e Panamá não. Modelos financeiros e incentivos para planos e seguros de saúde devem ser refinados ainda mais para a aceleração de seu uso e para colher seus benefícios.

Fundação de novas plataformas de telemedicina

Este espírito de inovação digital durante a pandemia tem sido crescente. Entre 16 de março e 1 de julho de 2020, pelo menos 400 inovações digitais foram criadas em 18 países da América Latina com o objetivo específico de lidar com a crise e mitigar seu impacto.

Avanço da telemedicina no Brasil em números

De acordo com um levantamento feito pela Abramge (Associação Brasileira de Plano de Saúde), mais de 2,5 milhões de teleconsultas foram realizadas entre os meses de abril de 2020 e março de 2021. Entre as teleconsultas registradas, cerca de 90% dos casos foram solucionados a distância, ou seja, a cada 10 pacientes atendidos, 9 não precisaram ir ao hospital, evitando a exposição ao Coronavírus.

Segundo a pesquisa divulgada pelo instituto Ipso MORI, 86% dos brasileiros com acesso à internet utilizam a rede para buscar orientações sobre saúde, remédios e suas condições médicas. O percentual coloca o país no 5º lugar no ranking do estudo.

Dados do portal Hospitais Brasil apontam que metade das pessoas que mais usam a tecnologia, ou usaram pela primeira vez, dizem que pretendem continuar quando o surto terminar. Estima-se que 50% dos serviços de saúde serão conduzidos virtualmente até 2030.

Ainda de acordo com eles, o estado de São Paulo é o primeiro em consultas online, registrando um aumento de 80% na procura por telemedicina, sendo a atividade digital com o maior aumento de novos usuários.

Leia mais: Telemedicina veio para ficar e é o mínimo necessário

Conclusão sobre a importância da saúde digital

“A e-saúde é um campo emergente na interseção de informática médica, saúde pública e negócios, referindo-se a serviços de saúde e informações fornecidas ou aprimoradas por meio da internet e tecnologias relacionadas. Em um sentido mais amplo, o termo caracteriza não apenas um desenvolvimento técnico, mas também um estado de espírito, uma forma de pensar, uma atitude e um compromisso com o pensamento global em rede, para melhorar a saúde local, regional e mundial utilizando tecnologias de informação e comunicação.” – Journal of Medical Internet Research, 2001.

Já em 2001, um autor do Journal of Medical Internet Research levantava a importância do desenvolvimento da telemedicina. Era um período que antecedia, e muito, a pandemia, e que se falava sobre promover a união entre inteligência artificial, médicos e a tecnologia virtual, sem que já fosse de fato a realidade que é hoje. A explicação acima, sobre o que é a “e-health” é, para nós, mais palpável e necessária do que nunca. A telemedicina é um caminho sem volta, repleto de benefícios para a população, e que tem sido indispensável atualmente para promover o controle da pandemia, a prevenção de doenças e o controle de comorbidades.

Na Brasil Telemedicina, desde 2010 desenvolvemos soluções para saúde digital, sob o uso diário do nosso slogan ‘a tecnologia que avança nós usamos para aproximar’. Temos experimentado na prática os avanços que a saúde virtual, em especial a teleconsulta, tem conquistado atualmente em nosso país. Nossa plataforma de atendimento médico online Médico24hs segue com alto aumento de procura, o que nos leva a investir cada vez mais em aprimoramentos, para tornar a experiência do usuário não apenas positiva, mas principalmente efetiva.

Conte conosco, a qualquer momento, como fonte de promoção de saúde, seja onde você, médico, ou você, paciente, estiverem!

Fontes de pesquisa:
https://telehealthandmedicinetoday.com/index.php/journal/article/view/238/320
https://manometcurrent.com/latin-america-telehealth-market-2021-industry-trends-market-share-size-growth-and-opportunities-2026/
https://portalhospitaisbrasil.com.br/sao-paulo-e-1o-em-ranking-nacional-de-consultas-on-line-e-registrou-aumento-de-80-na-procura-por-telemedicina/
http://telemedicinesummit.com.br/artigo/mercado-de-telemedicina-na-america-latina-deve-dobrar-ate-2023/
https://www.revistaapolice.com.br/2021/05/operadoras-registram-aumento-no-numero-de-teleconsultas-devido-a-pandemia/
https://www.marketdataforecast.com/market-reports/la-telemedicine-market
https://www.statista.com/statistics/800293/telemedicine-market-value-latin-america/
https://blogs.iadb.org/integration-trade/en/pandemics-latin-america-telemedicine/https://www.jmir.org/2001/2/e20/

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