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Telemedicina cresce na Austrália durante pandemia e maioria dos australianos aprova a experiência digital

16 de setembro de 2021
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Em pesquisa, 79% dos pacientes do país afirmam que continuariam usando a telemedicina após esse período de crise, o que demonstra a satisfação da população com serviços de saúde a distância.

Em todo o mundo, durante a pandemia de COVID-19, a separação física entre médicos e pacientes foi incentivada, em busca de se reduzir o risco de transmissão do vírus para a comunidade. Sendo o atendimento remoto um importante apoio, os serviços de telessaúde passaram a ser usados ​​como um método alternativo, urgente e eficiente de prestação de cuidados de saúde, o que proporcionou proteção aos pacientes e aos profissionais de saúde.

A Austrália já tinha serviços de telessaúde bem estabelecidos mesmo antes da pandemia, assim como Canadá, Nova Zelândia e Estados Unidos. Os governos desses países ajustaram rapidamente as regulamentações, com mudanças que resultaram em um elevado crescimento no uso da telessaúde.

Para se entender melhor a realidade do país, a Austrália é um país com larga extensão territorial, com áreas intensamente ocupadas em regiões costeiras e populações esparsas em áreas não costeiras. Há uma distribuição desigual de profissionais de saúde, principalmente de médicos especialistas – como é o caso também do Brasil, o que está também associado a um acesso diferenciado aos serviços e instalações de saúde para a população em geral.  Os modelos de serviço de telessaúde australianos tentam reduzir as viagens dos pacientes a centros especializados, permitindo que os cuidados sejam prestados nas casas dos pacientes ou desviando os pacientes para instalações regionais locais, que então oferecem suporte a consultas remotas. Os registros eletrônicos de saúde estão disponíveis em hospitais públicos e privados. Em 2018, uma pesquisa com clínicos gerais australianos descobriu que 87% são totalmente digitais e não mantêm registros em papel.  Para um funcionamento adequado, os serviços de telessaúde dependem de tecnologias de comunicação. Em 2007, o governo australiano prometeu construir a National Broadband Network (NBN) baseada em uma rede de telecomunicações de fibra óptica. O NBN fornece acesso de banda larga a 93% da população australiana, com as áreas rurais obtendo acesso por meio de wireless fixo e satélite.

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Uma pesquisa do Australian Bureau of Statistics (ABS)  relatou que, em novembro (2020), quase um em cada seis (18%) australianos usaram um serviço de telessaúde nas quatro semanas anteriores. Isso foi semelhante ao uso de uma telessaúde em junho (20%) e maio (17%).  As consultas de telessaúde foram relatadas como comparáveis ​​às consultas médicas presenciais tradicionais pela maioria dos participantes. Um outro estudo com mais de 1000 GPs (clínicos gerais) conduzida pelo Royal Australian College of General Practitioners descobriu que quase todos (99%) os GPs estavam oferecendo serviços de telessaúde durante a pandemia, enquanto também continuavam a oferecer consultas presenciais.  Os dados do Medicare (sistema público australiano) mostram que de 35,2 milhões de consultas de GP na Austrália entre abril e junho de 2020, 34% foram via telessaúde. A maioria (97%) das consultas de telessaúde foram por telefone com videoconferência.

Pacientes relatam sua satisfação e os motivos por aprovarem a teleconsulta

Confira, na íntegra, o relato de alguns pacientes, entre 54 e 88 anos de idade, que tinham 2 ou mais doenças crônicas, como diabetes, câncer, problemas músculo-esqueléticos e saúde mental, em levantamento divulgado pela BMC Family Practice.  – As consultas por telefone foram vistas como um fator facilitador no acesso aos cuidados de medicina geral:

Eu notei que a comunidade médica realmente se esforçou ao máximo, no que diz respeito a disponibilizar essas consultas [por telefone] e a manter os exames regulares de saúde que fazem com as pessoas. Estou muito impressionada”, mulher, 68 anos.

Vinte e nove entre 30 participantes sentiram que, embora sua saúde tivesse sido administrada de forma diferente durante o COVID-19, ela havia sido administrada muito bem:

Acho que minha saúde está muito bem administrada dessa maneira remota. Se eu precisasse, sei que os médicos estariam à disposição no final do atendimento para esclarecimentos”, – mulher, 80 anos.

Aqueles que tiveram uma consulta de telessaúde foram muito positivos sobre isso:

“Se precisávamos de alguma coisa, entrávamos em contato com ele [GP], que em pouco tempo retornava para nós. Foi muito bom, um novo padrão”, mulher, 77 anos.

Os participantes sentiram que a telessaúde deve ser continuada após o Covid-19, especialmente para problemas que não precisam de contato físico:

Com certeza, se estou apenas fazendo em check-up de sangue, por exemplo, de 6 ou 12 meses, ficaria mais do que feliz se o médico me enviasse a papelada e ligasse para um relatório – sem dramas e deslocamento”,  homem, 73 anos.

A menos que seja urgente, acho que a teleconsulta será interessante mesmo após este período de pandemia, especialmente para algo como prescrições ou coisas simples”, mulher, 54 anos.

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Mais pesquisas no país da Oceania demonstram a eficácia da telemedicina

O site Capterra publicou os resultados de um estudo com mais de 1.000 australianos, detalhando suas perspectivas e considerações sobre telessaúde. Os dados foram coletados em abril de 2021 com australianos com 18 anos ou mais, que visitaram o médico pelo menos uma vez por ano e tiveram uma consulta médica nos últimos 12 meses. Os dados dessa pesquisa são ainda mais relevantes.

As descobertas indicam predominantemente que o uso da telemedicina provavelmente se estenderá além da pandemia, com tempos de espera reduzidos e eficácia geral dos processos ponta a ponta citados como fatores contribuintes.

Quem utilizou o atendimento médico remoto

De acordo com a análise, 92% dos usuários de telemedicina na Austrália experimentaram a saúde virtual pela primeira vez durante a pandemia. Embora o aumento no uso da telemedicina possa ser devido às restrições do Covid-19, 84% dos usuários de primeira viagem afirmaram que usaram a telemedicina para consultas não relacionadas aos sintomas do próprio vírus.

Os entrevistados usariam a telemedicina novamente?

Do total de entrevistados, 79% disseram que usariam a telemedicina novamente. O motivo mais prevalente citado para o consenso foi que a telemedicina poderia permitir a redução do tempo de espera, representando 50% dos resultados. 25% dos entrevistados expressaram seu apreço por um risco reduzido de contágio, e 15% citaram um fator chave para eles quererem usar a telemedicina novamente como ter acesso a diagnósticos e prescrições de qualquer lugar.

A telemedicina realmente atende às necessidades dos consumidores?

72% dos entrevistados compartilharam que a telemedicina foi capaz de resolver seus problemas. Pelo contrário, 11% disseram que precisavam de uma nova consulta para que seu problema fosse resolvido e 12% disseram que precisavam de uma consulta presencial para seu problema médico.

Como os consumidores estão se envolvendo com a telemedicina atualmente?

Os resultados descobriram que 79% dos consumidores estão ligando por telefone, enquanto menos de 20% usaram um aplicativo de videoconferência médica ou um aplicativo fornecido por seu médico ou seguradora. Ao mesmo tempo, os estudos também apontaram os dispositivos móveis como o meio mais usado (81%) para a telemedicina. Os computadores foram o dispositivo menos usado e apenas 5% dos entrevistados usaram um para suas sessões.

Quais os pontos problemáticos que os consumidores têm com a telemedicina?

As descobertas da Capterra indicam que apenas 21% dos consumidores que usaram telemedicina anteriormente não continuariam a fazê-lo após a pandemia. Uma minoria de 47% dos entrevistados indicaram que ainda se sentiriam mais confortáveis ​​pessoalmente e 41% disseram que precisariam de um exame físico para além da consulta online.

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Conclusões do cenário da telemedicina na Austrália

O Bureau of Health Workforce Health Resources and Services Administration concluiu que 62,93% das áreas com escassez de profissionais de saúde de atenção primária estavam localizadas em áreas rurais. O plano de seguro saúde universal da Austrália, Medicare, compartilhou dados de que a Austrália viu 10 milhões de serviços de telessaúde serem prestados durante a pandemia. Ao fazer isso, mais de 3,2 milhões de australianos na Austrália regional, rural e remota receberam atenção médica com telemedicina.

Neste caso da Austrália – que não é diferente de outros países desenvolvidos e que investem amplamente em infraestrutura de saúde virtual, a expansão da telessaúde apoiou o acesso à médicos e o cuidado atento com a saúde, incluindo o gerenciamento de doenças crônicas durante a pandemia. Isso sugere o potencial da telessaúde para desempenhar um papel mais forte nos serviços tanto de clínica geral, de forma inicial, quanto de demais especialidades da medicina e, por que não, de outras áreas da saúde por meio de equipes digitais multidisciplinares, com psicólogos, nutricionistas, dentre outros.

A necessidade de suporte emergencial tornou aquilo que parecia ser um futuro distante em realidade e foi fundamental para salvar vidas e controlar a saúde dos pacientes com doenças prévias. Por isso, na Brasil Telemedicina, seguimos impulsionados em fornecer cada dia mais soluções para a população do nosso país, que agora pode contar com apoio para saúde a qualquer momento, de todos os lugares do Brasil. ‘A tecnologia que avança nós usamos para aproximar’. Este não é apenas nosso slogan, mas também, nosso compromisso em ampliar a qualidade do atendimento remoto e sua rápida respostas ao pacientes.

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Fontes de pesquisa:
https://bmcfampract.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12875-021-01408-w
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpubh.2021.648009/full
https://www.jmir.org/2020/6/e19264/https://www.healthcareitnews.com/news/anz/does-telehealth-australia-have-promising-post-pandemic-future
https://www.capterra.com.au/blog/2026/how-telemedicine-is-changing-healthcare-79-of-aussies-would-continue-using-it-after-the-pandemic

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