Especialista afirma: telemedicina veio para ficar e é o mínimo necessário
Você é médico? Entenda a importância da saúde digital para o atual momento que vivemos e invista conosco no atendimento online.
Atualmente, a sociedade passa por um impacto profundo da economia e da saúde a nível mundial, fazendo com que o mercado, de forma geral, precise se reinventar, rumo tanto à recuperação econômica, quanto ao achatamento da curva do Coronavírus. Com a pandemia, a telemedicina – especialmente através da teleconsulta, aparece como sendo um importante apoio à população, que agora tem acesso a médicos a qualquer momento, sem precisar sair de casa, e com um valor acessível, já que o custo das famílias precisa ser mais controlado do que nunca.
De acordo Paulo Funchal, economista e especialista em planejamento estratégico, vamos vivenciar o maior tombo da história em termos econômicos. Isto por conta do grave problema gerado na nossa sociedade que, para se defender, teve que aderir ao distanciamento social, afetando, por sua vez, diretamente a produção e a demanda.
“Para minimizar os estragos, do ponto de vista da saúde, adere-se ao isolamento social, claro, mas que economicamente quebra todas as cadeias produtivas, globalmente interligadas. Há uma redução de pessoas trabalhando há meses, não sabemos por mais quanto tempo, o que gera elevada perda do PIB – Produto Interno Bruto. A tempestade está feita: a produção deveria ser igual à demanda, mas os dois lados pararam. Há análises que dizem que o Brasil vai cair cerca de 8% ou mais, mas independentemente do tamanho da queda, essa redução da atividade econômica significa menos renda, o que é sinal de pouco dinheiro no bolso e leva as pessoas a precisarem reduzir seus gastos”, analisa o economista.
Entretanto, ele ressalta que, com a crise, a tecnologia passou a ser viabilizada nos diversos setores, especialmente o médico. Ao olharmos para fora do Brasil, há inúmeros casos em que a telemedicina já estava regularizada e segue em amplo crescimento.
“A telemedicina traz benefícios aos pacientes e aos médicos que a exercem. Vejam o caso dos Estados Unidos, que pratica a saúde à distância há cerca de 30 anos. Pesquisas apontam que, no ano passado, foram realizadas consultas virtuais por 22 milhões de pessoas no país. A telemedicina está atrasada no Brasil, em comparação com outros locais do mundo. Infelizmente, ela foi impulsionada aqui por conta do Coronavírus, que pressionou para que tudo começasse a evoluir digitalmente na área médica e de saúde (saiba mais aqui).
Havia um preconceito cultural do médico e do paciente usarem a telemedicina, até que fomos todos obrigados a usufruir dos serviços digitais tanto para pedir refeições por aplicativo ou compras em supermercados remotamente, fazer reuniões de trabalho e família por videoconferência e realizar as consultas online. A partir de então, as pessoas puderam notar que se trata de um serviço muito positivo, conheceram seus benefícios e enxergaram que não é um ‘bicho de sete cabeças’ como se imaginava”, revela Dr. Carlos Camargo, médico cardiologista e CEO da Brasil Telemedicina.
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Um artigo publicado pela PWC da Espanha aborda a transformação da telemedicina e seu suporte durante a pandemia. De acordo com o texto, por necessidade, houve uma mudança nas atitudes dos consumidores e provedores de saúde em relação às formas de assistência médica virtual. No entanto, esse cuidado foi considerado mais do que adequado: o paciente está satisfeito e o serviço é mais barato. O material apresenta, ainda, a telemedicina como sendo uma possibilidade de mudança e melhoria para o sistema de saúde:
“Após o achatamento da curva, uma oportunidade se abrirá para reformar os sistemas de saúde. Os pacientes terão outras expectativas em relação aos cuidados de saúde e, cada vez mais, esperam que o atendimento online complemente o presencial.
A resistência à mudança pela equipe médica também tem sido um obstáculo difícil de superar. Os médicos às vezes não são tecnologicamente avançados, nem se sentem à vontade com uma abordagem “não intervencionista” que parece contrária à sua preparação para o atendimento presencial ao paciente.
O atendimento médico presencial é, sem dúvida, uma prática enraizada na sociedade. No entanto, essa pandemia de coronavírus não tem precedentes e mudará nossa mentalidade de mil maneiras, também em relação às nossas expectativas sobre cuidados de saúde. Acreditamos que a telemedicina tem um papel importante a desempenhar no futuro da assistência médica: significa fazer com que o atendimento certo aconteça, no lugar certo, no momento certo”, levanta o texto.
E, de fato, a telemedicina tem um objetivo muito claro quando se trata da teleconsulta: realizar um atendimento de casos de baixa complexidade com rapidez e segurança e, havendo necessidade, o profissional encaminha o paciente para um centro de saúde para uma consulta presencial. Entretanto, estatísticas apontam que em torno de 80% de todos os atendimentos médicos poderiam ser resolvidos por telemedicina e que cerca de 70% dos pacientes procuram um profissional não para prescrição, mas sim para orientação, o que hoje pode ser realizado sem sair de casa.
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Para Paulo Funchal, nunca se falou e estudou tanto sobre telemedicina. No mundo, a telemedicina já está mais avançada, mas ainda era pouco utilizada, por conta do comportamento humano, que tende a querer manter um certo conforto. Mas, ‘a necessidade é a mãe da mudança’ e esse momento de pandemia trouxe à tona a urgência em se desenvolver o atendimento à saúde a partir a tecnologia.
“A telemedicina trabalha muito bem o que chamamos de ‘eficiência econômica’: ela tem baixo custo e alta produtividade. Os médicos precisam entender essa viabilidade positiva. Custo, pois o médico só precisa de computador e internet para realizar a consulta. Produtividade, porque é possível realizar mais atendimentos médicos a partir de plataformas digitais repletas de recursos que facilitam a comunicação em tempo real. Assim, é possível para o médico baratear o seu atendimento e estar à disposição de pacientes de qualquer lugar do país.
Não existe mais o ‘ser humano do futuro’. Ele é quem sabe utilizar a tecnologia agora. Por isso, os médicos devem aprender a não apenas conviver com ela, mas a utilizá-la bem e se adaptar às telas. A saúde online vai ter o ambiente dela e seus objetivos vão ficar cada vez melhor definidos. A telemedicina veio para ficar e vai ser cada vez mais aprimorada. Em um país continental e pobre como o nosso, em que não temos acesso a todas as pessoas, a telemedicina é o mínimo necessário”, salienta o economista.
Segundo Dr. Carlos Camargo, a maior preocupação deve ser em atender os 140 milhões de brasileiros que não tem plano de saúde, de forma a criar uma oportunidade de acesso à atendimento médico para todos.
“Das perto de 5500 cidades brasileiras, em torno de 2100 não tem médicos. Os médicos especialistas estão quase que 80% localizados nas regiões sul e sudeste. Com a saúde virtual, podemos chegar às regiões remotas e prestar assistência aos pacientes a qualquer momento do dia. Com isso, nossas plataformas realizam mais atendimentos e passam por inúmeras melhorias, para realmente deixar a ferramenta com a cara do brasileiro, tanto da população quando do médico. Estamos transformando o que tínhamos em algo ainda mais aprimorado e personalizado para nosso público. Fica aqui meu convite para os colegas médicos participarem dessa oportunidade conosco e virem fazer parte de nossas plataformas”, conclui Dr. Carlos Camargo.
A tecnologia que avança nós usamos para aproximar. Acesse nosso site e conheça mais sobre nosso trabalho. Desde 2010, produzimos ferramentas de telessaúde que promovem o acesso de pacientes de todo o país a profissionais capacitados para o atendimento digital. Neste ano, ultrapassamos as 7 milhões de interações médicas online. É médico? Venha fazer parte de nossa equipe. É paciente? Estamos à disposição para atendê-lo através do Médico24hs.